segunda-feira, 20 de junho de 2011

Quanta responsa

É, esse negócio de "ser adulto" não é nada fácil... A gente começa a ter muitas responsabilidades, e sente a necessidade de sair da casa dos pais, a vontade de ter seu próprio cantinho.

Tudo começa a partir de um sonho. Sonhamos em ser independentes, poder ser "dono do próprio nariz". Certamente que morando com os pais não nos sentiremos totalmente independentes, por mais legais que eles possam ser, e por maior que seja sua liberdade morando com eles.

"Vamos morar sozinhos!" Este dia será um dos mais felizes de nossas vidas! O dia em que teremos a nossa casa! Mas até lá, teremos muito trabalho, experiências pra trocar, e, principalmente, coisas a aprender!

Começamos procurando uma casa pra comprar, mas não foi nada como pensamos. Nenhuma se encaixava com o que sonhávamos, e os preços lá em cima, de casas que precisariam de uma reforma urgente e em locais que não passavam nem perto do que queremos para viver e criar os nossos filhos.

Depois de muitas decepções, optamos por comprar um terreno e começar a construção do zero! Queríamos um terreno grande, em uma rua tranquila, fomos persistentes até que finalmente encontramos um que caberia em nosso bolso, mas principalmente, onde caberiam todos os nossos sonhos.







O terreno tem 20m de frente e 25m de profundidade. Podemos começar a construir logo pois ele é plano e já está todo cercado. Depois do terreno comprado, iniciamos o projeto de nossa futura casa.

Foi então que decidimos fazer este blog para deixar registrado cada etapa da construção, para que nossos filhos (que virão) possam ter uma ideia do que nós passamos – assim como eu gostaria de ter registros de como meus pais, com 4 filhos e cuidando da minha avó, conseguiram construir a casa maravilhosa onde cresci, mas não temos fotos da construção, somente as histórias que ficaram, e relatos de algumas etapas que o pai fez com suas próprias mãos.




Aroeira

sábado, 18 de junho de 2011

O Sonho da Casa Própria



Charles Chaplin costumava dizer: "Quando deixares de sonhar, poderás continuar vivendo, mas, com certeza, terás deixado de existir."

Nos sonhos se alicerçam os anseios mais caros, os projetos de toda uma vida, o respeito por si mesmo, a auto-estima e o dinamismo de viver. 

Primeiro a criação mental, a visualização e o ardente desejo de concretizar a fantasia tão bem esculpida no cérebro e no coração. Isto é o sonho! Muitas vezes acalentado, esperado, trabalhado, sofrido, mas sempre aceso. 

Quantos sacrifícios enfrentamos para realizá-lo! Quanto mais difícil, mais querido. E eu costumo dizer: O que não nos custa nada, pouco vale. 

Um dos sonhos indispensáveis nessa caminhada, que chamamos de vida, é o de ter a nossa própria casa! Um lugar nosso, conquistado com o suor do nosso rosto, com o fruto do trabalho, que reafirma nossa dignidade, amparo e respeito perante a família e o círculo de amizade. 

É o nosso domicílio, o endereço certo, o lugar que nos identifica, que parece conosco, espelhando as nossas predileções, o nosso jeito de ser. É o nosso lar! O templo da nossa silhueta, bem como das emoções mais fortes. É nele que a família floresce e os valores são ensinados, partilhados, formando o homem do porvir, o berço do existir. 

Ter moradia é um direito essencial do ser humano e remonta aos tempos das cavernas, do homo sapiens, por estar ligado à individualidade e preservação da espécie. Prova disso, é que há muito tempo já faz parte do texto constitucional, e agora está robustecido com menção expressa no elenco do artigo 61, ampliando o rol dos direitos sociais, por meio da emenda constitucional n1 26, de 14.02.2000, o que proporciona, no mínimo, a facilitação da exigência de sua concretização.

Decantada em verso e prosa, a promessa da casa própria tem sido adotada como plataforma de governo, pela maioria dos candidatos, no desejo de conquistar a aceitação e a votação garantida. 

Na antiguidade, a casa era, não apenas o lugar de moradia e de consumo, mas a unidade básica da economia e das relações sociais. Ainda hoje, é nela que edificamos o nosso lar, o reduto dos entes queridos, o aconchego onde encontramos paz e nos reabastecemos de energias, com repouso e alegria para as lutas diárias. 

Para concretizar o sonho que se sobrepõe ao direito, muitas lutas renhidas sempre foram travadas no seio social, principalmente as de ordem financeira. Contudo, economicamente falando, hoje em dia, surgem, gradativamente, meios vários que permitem e, de certa forma, facilitam a compra de um recinto para se fazer um lar. 

O desejo de edificar esse lar, recluso em teto e paredes de alvenaria, torna-se um pressuposto para a consecução de muitos outros sonhos pela vida afora, multiplicando o desejo, o prazer de trabalhar e de bem viver. 

E o poeta, como ninguém, sabe valorizar esse cantinho e agradecer a oportunidade de ter para onde retornar, enquanto muitos não o tem, e fazem dos viadutos suas moradas e das sarjetas seus berços: 

 "Obrigado Senhor,
Porque temos um lar,
Que rico ou modesto,
No mundo inteirinho
Não há um só lugar
Como esse nosso cantinho!"

  Genaura Tormin